Números analisados são da agência norte-americana de saúde
De acordo com análise feita a partir de dados da FDA, órgão similar a Anvisa e publicados em periódico da Sociedade Americana de Cirurgia Dermatológica, que analisaram procedimentos realizados com ácido hialurônico, ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio e PMMA, os percentuais de eventos adversos foram, respectivamente, 44%, 40%, 15% e <1%. Trabalho avaliou 3.782 casos de complicações entre os anos 1993 e 2014.
As principais intercorrências foram equimose, nódulos, infecção, reação alérgica, isquemia e inchaço. Em uma proporção menor foram observadas reações autoimunes, distúrbios visuais e derrame.
Os números divulgados pelo órgão oficial de saúde dos Estados Unidos confirmam a tendência apresentada pelo estudo feito com dados coletados entre 2009 e 2018 e publicado na revista Plastic and Reconstructive Surgery com quase 3.000 casos de aumento de glúteos com PMMA.
O estudo concluiu que embora as complicações com preenchedores sejam pouco frequentes em comparação com o número crescente de procedimentos realizados nos Estados Unidos, é importante reafirmar a importância de uma técnica apropriada e de treinamento ao realizar preenchimento. Os médicos que realizam preenchimentos dérmicos devem ser treinados para reconhecer complicações potenciais e saber como gerenciá-las apropriadamente.
A conclusão sugere que os riscos estão muito mais relacionados a habilidade dos médicos do que aos produtos utilizados e confirma o alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre a importância de apenas médicos realizaram procedimentos estéticos invasivos, uma vez que são os únicos capazes também de tratar eventuais complicações.
Fonte: Analysis of U.S. Food and Drug Administration Data on Soft-Tissue Filler Complications – doi: 10.1097/DSS.0000000000002208