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Como encarar o isolamento social durante a pandemia de coronavírus

A pandemia do novo coronavírus nos impôs uma mudança drástica de rotina. O isolamento social não é algo a que estamos acostumados e, por isso, é essencial que fiquemos atentos às práticas de autocuidado para minimizar os impactos em nossa saúde mental e corporal.

Segunda a OMS (Organização Mundial da Saúde), as incertezas provocadas pela covid-19, os riscos de contaminação e a obrigação de isolamento social podem gerar pressão psicológica e estresse em grande parte da população afetada. Recentemente, a entidade lançou um guia com cuidados para saúde mental durante pandemia. Leia aqui.

Cuidados com a saúde mental

Nos últimos dias, a psicóloga da Clínica Leger Kátia Bonfadini Pires respondeu algumas perguntas relacionadas a este assunto em nosso Instagram. Uma das grandes dúvidas das pessoas tem sido sobre o acompanhamento das notícias. Para ela, o acompanhamento em tempo real pode trazer a noção de espaço e tempo com caráter elucidativo e até mesmo ter efeito protetivo, contudo, se isso gerar uma ansiedade e pânico demasiados, é importante reduzi a leitura ou o contato com notícias. “Mas o ideal é não ficar totalmente alienado do assunto”, ressalta a profissional.

Não perder a noção do tempo é importante. A vida não deve virar um grande domingo, e isto está diretamente ligado à atividades e panejamento do nosso cotidiano. “Diante de um processo de quarentena, o ideal é que continuemos nos mantendo com metas e focos estabelecidos, mesmo que dentro de nossos lares.  Por exemplo, realizando atividades que há muito tempo estávamos querendo resolver, ler um livro, aprender uma nova tarefa (existem muitos cursos gratuitos online), realizar encontros virtuais com amigos e familiares (Skype, face time), etc. O importante é manter-se ativo”, enfatiza.

Kátia Bonfadini chama atenção para o que chamamos de letargia, que nada mais é que um estado de cansaço que envolve a diminuição da energia, da capacidade mental e da motivação. Para ela, é normal estarmos mais desanimados do que o habitual, no entanto é preciso estar atento para novos comportamentos que poderão surgir em função deste período de isolamento, que não devem ser vistos como comuns, mas sim como esperados. “Devemos lutar contra este estado para que o mesmo não evolua além do esperado. Devemos nos ocupar, contando com a ajuda dos que estão conosco em casa ou até mesmo de amigos com os quais podemos interagir pelos canais de mídia, dividindo tarefas e desenvolvendo habilidades criativas para suportar este período”, alerta.

O isolamento para crianças e idosos

Se por um lado podemos ter receio de transmitir para as crianças a gravidade da situação, por outro é possível que encontremos resistência em alguns idosos para que entendam a importância da quarentena. Cada um desses grupos tem uma abordagem específica, explica a profissional especialista em psicologia hospitalar e mestre em saúde coletiva.

Para os pequenos, é preciso falar a verdade de maneira lúdica, divertida e séria ao mesmo tempo, utilizando diálogos curtos e pontuais, se possível com histórias e brinquedos. “O ideal para conversar com as crianças pequenas é, em primeiro lugar, usar a linguagem delas, sem intelectualizar e sem esquecer da imaturidade que elas ainda tem. Crianças costumam funcionar muito por espelhamento da forma como veem os pais ou cuidadores lidando com o problema”, explica.

Grupo mais vulnerável perante a disseminação do novo coronavírus, os idosos podem apresentar um comportamento contrário ao da quarentena e do isolamento social. “Alguns negam, justamente por possuírem muita experiência de vida e já terem passado por “algumas” tantas dificuldades ao longo do seu desenvolvimento, e outros realmente já não alcançam mais este entendimento”, pontua. Para a psicóloga, para que eles se tornem mais colaborativos é preciso dar autonomia para que não se sintam incapazes, mas suporte para que não se prejudiquem e muito amor para que saibam que valeu a pena ter escutado.

Alimentação e hábitos saudáveis na quarentena

Além da higienização pessoal e dos ambientes, ficar em casa é a forma mais eficaz de evitar que a covid-19 atinja grande parte da população. É por isso que muita gente está em casa, de quarentena mantendo um regime de isolamento social mas, ao mesmo tempo, está fazendo home office. Mas para que isso funcione, é importante ter disciplina.

Em uma rotina de home office é fundamental ser rigoroso com seus horários. Procure acordar na mesma hora que em dias normais e determine horário para intervalo e encerramento do expediente. Entenda que você não está de férias, mas também não está vivendo dentro do trabalho. Assim, você ajuda a manter seu relógio biológico ajustado.

A alimentação também é fundamental, porque situações de estresse podem causar desequilíbrio de bactérias intestinais. Então aumente a ingestão de vegetais nutritivos e tome muita água. Lembre-se que uma dieta com alto conteúdo de antioxidantes e baixo conteúdo de açúcar, aumenta a função imunológica. A nutróloga Nívea Bordin Chacur falou sobre alimentação em tempos de quarentena em matéria da Revista Exame. Leia aqui.

Mantenha, dentro do possível, atividade física. Estar com o corpo ativo melhora o humor e alivia a ansiedade. Pode ser uma boa hora para iniciar no yoga, aprender técnicas de respiração ou até meditação. Nas plataformas de streaming você encontra ótimas aulas, inclusive para iniciantes.


Redação: Luiz Paulo Teló


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